O livro “A Privataria Tucana”
O
livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr foi lançado em 9 de dezembro de 2010 e
deste então é um fenômeno de vendas, esgotou sua primeira edição em apenas 24h
e está há 10 semanas entre os mais vendidos do país.
O
livro é resultado de 10 anos de um minucioso trabalho investigativo sobre os
bastidores da era das privatizações. O autor diz que todos os fatos narrados na obra estão
reforçados em documentos oficiais, obtidos em juntas comerciais, cartórios, no
Ministério Público e na Justiça.
Podemos
resumir o conteúdo do livro em 3 palavras: privatizações, escândalos e denúncias. A obra aponta supostas irregularidades nas privatizações ocorridas
durante os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e que amigos e
parentes de José Serra mantiveram empresas nos paraísos fiscais movimentando
milhões de dólares entre 1993 e 2003.
O
título do capítulo 8 do livro: "O primo mais esperto de José Serra",
refere-se a uma das denúncias contra José Serra e seu primo, o espanhol
naturalizado brasileiro, Gregório Marin Preciado. Ele conta como se deu o perdão
de uma dívida milionária de Gregório Preciado ao Banco do Brasil, no tempo de
FHC, o apoio do banco estatal na privataria, a compra de 3 estatais por
Preciado e os "altos negócios com um paraíso
natural da Bahia".
O primo de Serra conseguiu reduzir pouco mais de 109 vezes o valor da pendência com o Banco do Brasil, uma dívida de R$ 448 milhões passou para R$ 4,1 milhões.
O primo de Serra conseguiu reduzir pouco mais de 109 vezes o valor da pendência com o Banco do Brasil, uma dívida de R$ 448 milhões passou para R$ 4,1 milhões.
Outro parente de Serra citado nas
acusações é sua filha, Verônica Serra que, de acordo com o livro, foi sócia da empresária Verônica Dantas em uma empresa de prestação de serviços
financeiros na internet. Verônica Dantas é irmã do banqueiro Daniel Dantas,
proprietário até 2005 da antiga Brasil Telecom, empresa formada com a
privatização da Telebrás.
Serra, por meio de sua assessoria,
disse que o livro é: “uma coleção de calúnias que vem de uma pessoa indiciada
pela Polícia Federal”.
FHC, também em nota, afirmou que a obra
é: “uma infâmia”.
Ribeiro Jr. afirmou que o livro é
uma “cartilha sobre lavagem de dinheiro” e trabalhou na obra do ano de 2000 até poucos
dias antes da sua publicação. “Na época que comecei a apurar só se falava disso na
imprensa”. O autor disse que seu interesse surgiu a partir das “lacunas que
ficaram da história das privatizações” e que os documentos contidos na obra são
todos “legais, obtidos na Justiça e no próprio Congresso Nacional.”
O currículo do Autor
Amauri Ribeiro Jr. é um jornalista investigativo, ganhador
de 3 Prêmios Esso de Jornalismo, foi também vencedor por 4 vezes do Prêmio Vladimir
Herzog e faz parte do ICIJ – Consórcio Internacional de Jornalistas
Investigativos.
Em 2007, quando trabalhava para o Correio
Braziliense investigando homicídios ligados ao narcotráfico no entorno de
Brasília, foi baleado numa tentativa de homicídio. Como o caso teve repercussão
internacional o jornalista foi transferido para o jornal Estado de Minas, do
mesmo grupo, e passou a dedicar-se a assuntos políticos, especializando-se no tema “lavagem de dinheiro”.
Trabalhou como jornalista
na "Folha de São Paulo", foi repórter especial do jornal “O Globo” e da
revista “Isto
É”, além de ter se destacado no “Correio Braziliense” e no “Estado
de Minas”, foi um dos fundadores da Abraji, entre outros.
Em 2010, o jornalista foi indiciado
pela Polícia Federal pelos crimes de violação de sigilo fiscal, corrupção
ativa, uso de documentos falsos e por dar ou oferecer dinheiro ou vantagem à
testemunha. Amaury negou as acusações e afirmou que "jamais pagaria
pela obtenção de dados fiscais sigilosos de qualquer cidadão". Segundo ele, todos os dados foram obtidos em juntas comerciais, paraísos fiscais e
na CPI do Banestado, alegando a exceção de verdade.
Alguns dos
acusantes, como Ricardo Sérgio de Oliveira, Gregório Preciado dentre outros, possuem
ação por quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico na 4ª Vara Federal de
Brasília
Ribeiro Jr. foi acusado também pela Polícia Federal de ter violado o
sigilo fiscal de dirigentes tucanos e de familiares de Serra.
Em março de 2012, o jornalista foi detido e acusado de invadir uma
propriedade da Igreja Mundial, em Rondonópolis. O repórter estava em Mato Grosso para fazer uma reportagem sobre
uma fazenda adquirida pela igreja na cidade de Santo Antonio do
Leverger. Não foi registrado Boletim de Ocorrência.
O livro é polêmico e fundamentado, mas
a minha pergunta é: vamos continuar no silêncio? Ninguém vai fazer nada, como por exemplo, conferir a veracidade dos documentos apresentados? O
Serra é pré-candidato a Prefeitura de São Paulo, não irão barrá-lo até que se
prove ao contrário?
Perguntas e mais perguntas sem
respostas ... até quando vamos ser o país dos tolos?
Quer ler mais informações sobre o pré-candidato a Prefeitura de São Paulo, José Serra? clique aqui
Quer ler mais informações sobre o pré-candidato a Prefeitura de São Paulo, José Serra? clique aqui
Alessandra
Fontes de Pesquisa:
Sou fã incondicional de Amaury Junior. Esclarcer com documentos comprovados a verdadeira face dos políticos é algo mercedor de prêmio máximo do jornalismo.Vou adquirir o livro. E José Serra ainda pensa em voltar a ser prefeito!
ResponderExcluirParabéns Amaury.
Olá, que bom tê-lo novamente nos comentários das minhas matérias ...
ExcluirAdquira, leia e depois me conta o que achou, combinado ?
Quanto ao Serra, pois é tudo indica que ele estará aí concorrendo a prefeitura da nossa cidade.
Bom Final de Semana!