Crédito ou Débito, Senhor(a)?
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O
primeiro cartão do mundo
Tudo começou em 1950, quando McNamara foi jantar e, na hora de pagar a conta, percebeu que sua carteira estava vazia, ele teve que ligar para a esposa e pedir que ela trouxesse dinheiro de casa. Foi então que teve a ideia de convencer 14 restaurantes de Nova York a aceitarem um cartão (que era de cartolina) como pagamento. Nascia o primeiro cartão de crédito do mundo: o Diners Club ("clube dos convivas", em inglês). Só no primeiro ano, ele conquistou 42 mil usuários, que podiam usá-lo para pagar a conta em 330 bares, restaurantes e hotéis conveniados.
Demorou um pouco, mas outras empresas acabaram percebendo que o negócio era bom. Em 1958, foram fundadas a Visa (que na época se chamava Americard) e a American Express, que começou a dominar o mercado porque vendia uma imagem de exclusividade: sua anuidade era propositalmente mais cara que a dos outros cartões. E em 1966 surgiu a MasterCard que hoje controla, junto com a Visa, 96% do mercado mundial de cartões. O crescimento do setor se deve muito à insistência das empresas: em 2005, enviaram pelo correio 10,2 bilhões de cartões de crédito não solicitados - 1,5 para cada mulher, homem e criança viva na Terra. Some a isso os cartões de débito, hoje em dia quase inevitáveis (todo mundo com conta em banco possui automaticamente um), e você entenderá por que o dinheiro de plástico tomou conta do mundo.
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Os
cartões revelam muita coisa a seu respeito
Os cartões tornaram a nossa vida
mais simples e está na carteira de quase todo mundo, mas também revela muita
coisa a seu respeito. As empresas de cartão querem prever o que você vai fazer,
antes que você mesmo saiba.
Pense nas 10 últimas coisas que você
comprou, várias, com certeza, não foram com dinheiro nem cheque. Passar o
cartão é tão corriqueiro quanto escovar os dentes, mas por trás desse ato banal
existe algo que você nem imagina: bancos de dados que registram todos os seus passos
e sabem muito sobre você.
Quer um exemplo? As empresas de
cartão são capazes de prever se uma pessoa vai se divorciar com até dois anos
de antecedência, ou seja, antes que o próprio indivíduo tenha resolvido acabar
com o casamento suas compras já disseram.
Quando você passa o cartão, ela se comunica com a credenciadora (nome técnico da empresa de cartão) e com o seu banco, ambos precisam autorizar a transação. Durante os segundos em que o visor diz "processando", muita coisa acontece. Uma bateria de computadores checa várias informações, como o valor da compra, o tipo de estabelecimento, o horário e o período entre essa compra e a anterior para descobrir se é você mesmo que está usando o cartão, tudo isso é comparado com o seu histórico.
O seu cartão é bloqueado ao fazer
uma compra muito alta, num lugar onde nunca tinha estado, ou quando usa duas
vezes em menos de uma hora, por exemplo. Os computadores concluem
(incorretamente) que a operação não batia com os seus padrões de consumo.
O problema é que essas regras são
estáticas, ou seja, não conseguem acompanhar a evolução e a variedade de
golpes, calotes e trapaças envolvendo cartões. Então as empresas resolveram
partir para uma técnica muito mais sofisticada: as redes neurais, que são, basicamente,
programas de computador que conseguem aprender sozinhos: analisam as próprias
decisões, descobrindo onde acertaram e erraram, e também são capazes de
inventar novos critérios de julgamento. Enquanto você está comprando, tem um
robô pensando a respeito.
E ele sabe muito sobre você: que a sua comida preferida é a japonesa e, mais que isso, que você costuma frequentar mais as temakerias de determinado bairro. Que a sua família provavelmente acaba de comprar um animal de estimação, por conta das visitas frequentes a pet shops. Que sua irmã, prima, amiga ou até você mesma vai se casar, pelos gastos crescentes em floricultura, igreja, bufês, loja de vestidos. Que você está usando óculos, por causa das contas em oftalmologistas e óticas. É um grande estudo psicológico ou sociológico sobre a população, baseado apenas em dados.
As empresas de cartão não falam abertamente sobre o assunto e fazem questão de ressaltar que não têm acesso ao nome dos consumidores, informação que fica no banco onde a pessoa tem conta. Elas só conseguem ver o que está no recibo, ou seja: o n° do cartão, nome do estabelecimento, horário e valor da compra. Mas isso já é o bastante.
Mas o que é preciso ressaltar é que as operadoras de cartões não se importam se você atrasar uns dias ou pagar o mínimo, 40% do que elas faturam vem de juros e multas, mas ao distribuir bilhões de cartões para pessoas que mal conhecem, se expõem a um risco cada vez maior de calote, daí sua mania de analisar o comportamento humano.
Na próxima matéria vou escrever
sobre um novo cartão a prova de fraudes que está sendo testado.
Até lá,
Alessandra
Fonte de Pesquisa: Super Abril
oi te achei no Clube das mães e pais blogueiros e ja estou seguindo te espero no meu cantinho um bjooo http://geiceperes.blogspot.com/
ResponderExcluirOlá Geice,
ExcluirJá retribui!
Beijinhos,
Leleka