Síndrome do Pânico

Crédito da Imagem: thebiographychannel.co.uk

Se você não tem, tenho a certeza de que conhece pelo menos uma pessoa que tenha ... eu conheço mais de uma e posso afirmar que os amigos e a família têm um papel fundamental para ajudar esta(s) pessoa(s) a terem uma vida normal.

O que é a tão falada síndrome pânico?

A palavra pânico é muitas vezes usada incorretamente para descrever praticamente qualquer tipo de medo, fuga ou situações de catástrofe, é utilizada por uma falta de compreensão do que significa o termo.

Síndrome do Pânico é um transtorno psiquiátrico caracterizado por episódios recorrentes de medo e ansiedade debilitantes conhecidos como ataques de pânico. Estes podem ocorrer sem aviso e na ausência de qualquer ameaça observável. Os ataques de pânico podem ser breves ou de longa duração e muitas vezes são acompanhados por sintomas físicos, tais como:

- Dor no peito;
- Diarreia;
- Tonturas e/ou vertigens e/ou perda de consciência;
- O medo de ficar louco, perder o controle ou morrer;
- Dor de cabeça;
- Tensão muscular;
- Náusea com ou sem vômitos;
- Dormência ou formigueiro nos braços, pernas, mãos ou face;
- Sensação de medo ou perigo iminente;
- Agitação ou tremores;
- Falta de ar
- Suor.

As pessoas que têm síndrome do pânico muitas vezes procuram cuidados médicos achando que estão tendo um ataque cardíaco, pois os sintomas podem imitar as de doenças cardiovasculares, respiratórias e outras, por isto, na dúvida, procure assistência médica imediata para sintomas graves, tais como dor no peito ou pressão, confusão ou perda de consciência nem que por um momento breve, dificuldade em respirar, tonturas ou sudorese, taquicardia, convulsões, ansiedade severa, náuseas, dor intensa, súbita mudança de visão, ou pulso fraco (disque SAMU 192).

Os sintomas podem progredir até o ponto que o indivíduo pode ser incapaz de sair de casa. A depressão é uma complicação potencial da síndrome de pânico. Você deve procurar atendimento médico imediato se a sua ansiedade ou os ataques de pânico estão interferindo no seu trabalho, em seus relacionamentos ou na sua autoconfiança.

Apesar de não ser curável, a síndrome é tratável. O tratamento geralmente inclui uma combinação de psicoterapia e medicamentos, como antidepressivos ou medicamentos ansiolíticos. Medidas de autocuidado como evitar estimulantes, comer em intervalos regulares, fazer exercícios regularmente, e ter horários para dormir e acordar, também podem ajudar.

Não raro, substâncias químicas também têm seu papel nesse pavor todo. Maconha, cocaína, remédios para emagrecer e outros medicamentos usados sem critério podem precipitar as crises em quem é vulnerável. Aliás, 15% dos primeiros ataques são relacionados a drogas, confirma Antonio Egidio. Para agravar, 18% dos pacientes buscam doses de alívio e relaxamento no álcool.

A situação pode ser pior entre os que nem estão sendo tratados. Ou porque evitam enfrentar o problema por constrangimento, preconceito e medo de falar do medo ou porque batem em portas erradas, pois os sintomas da síndrome se confundem com hipertireoidismo, insuficiência cardíaca, hipertensão, labirintite, hipoglicemia e até epilepsia. Por isso, o diagnóstico correto às vezes leva um bom tempo.

Se você apresentar os sintomas descritos abaixo diariamente ou de vez em quando, procure um médico:

- Ansiedade;
- Humor depressivo;
- Dificuldade de concentração;
- Medo ou ansiedade de ficar sozinho; de ficar longe de ajuda; de utilizar transporte público ou deparar-se com uma multidão; de ter um ataque de pânico; de sair de sua casa; de situações ou locais que podem desencadear um ataque de pânico;
- Irritabilidade e alterações de humor;
- Inquietação.

O que causa a Síndrome do Pânico?

A causa exata da síndrome do pânico ainda não é conhecida,
geralmente aparece na adolescência ou início da idade adulta. Ela parece estar ocorrendo em algumas famílias, embora algumas pessoas não têm um histórico familiar da doença. Pode estar relacionado a mudanças estruturais no cérebro ou devido a alterações bioquímicas que envolvem os neurotransmissores ácido gama-aminobutírico (GABA), noradrenalina e serotonina. Estresse infantil precoce também pode ser um fator contribuinte.

Quais são os fatores de risco para a Síndrome do Pânico?

Um certo número de fatores aumentam o risco de desenvolvimento da síndrome, porém nem todas as pessoas com fatores de risco vão ter síndrome do pânico. Os fatores de risco incluem:

- Estresse na primeira infância;
- Histórico familiar da síndrome do pânico;
- Sexo feminino.

Quais são as complicações da síndrome do pânico?

- Agorafobia (medo de estar em algum lugar, sem meios de evacuação e longe de ajuda);
- Alcoolismo (abuso de álcool);
- Depressão;
- Dificuldades no trabalho, em ambientes sociais, e com as relações;
- Uso de drogas ilícitas.

Crédito de Imagem: squidoo.com
 
O que você pode fazer para amenizar a síndrome do pânico

Além de buscar e receber o tratamento, você pode ser capaz de limitar os ataques de pânico por:

- Evitar álcool ou uso de drogas ilícitas (buscar alívio no álcool ou no cigarro é péssimo, além de não resolver o problema, as substâncias ingeridas fazem mal e contribuem para a dependência física e psicológica);
- Evitar cafeína ou outros estimulantes;
- Comer em horários regulares;
- Exercitar-se regularmente (para obter endorfinas, as substâncias que promovem o bem-estar);
- Ter sempre à mão um saco plástico e levá-lo à boca, respirando lenta e profundamente dentro dele (inspire e prenda o ar por seis segundos e expire);
- Exponha-se gradualmente à situação em que ocorreu o ataque de pânico e tenha em mente que aquele episódio poderia ter acontecido em qualquer outra situação, em outras palavras, não é por que você teve uma crise enquanto dirigia que vai desistir de vez de pegar no volante.
- Dormir pelo menos 8 horas.

Fica a minha dica: Síndrome do Pânico é uma doença e não frescura, cabe a você querer ajudar ou receber ajuda! 

Quer ler mais sobre este assunto? Clique aqui e leia a parte II.


Beijinhos,

Alessandra

Obs.: Esta matéria é dedicada a uma grande amiga/irmã que sofre deste mal já tem 2 anos e me deu a sugestão de escrever sobre este assunto!


Fontes de Pesquisa:
Adult panic anxiety syndrome. NORD National Organization for Rare Diseases
Panic disorder. PubMed Health
Saúde Abril

Comentários

  1. Parabéns peolo post, muito bem explicado.http://cantinhodavanderleia.blogspot.com/2012/02/dicas-para-voce-parte-i.html

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    1. Olá Vanderléia !
      Fico feliz quando consigo resumir uma matéria e ao mesmo tempo deixá-la bem explicada.
      Obrigada,
      Leleka

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  2. Minha querida irmã/amiga... Obrigada pela delicadeza e sensibilidade usada para tratar sobre este assunto.. Excelente matéria.. Vc está de parabéns.. Bjss

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    1. Nossa que honra ... não sabe o quanto isto me deixa lisonjeada.
      Obrigada e espero que ajude muitas famílias com esta matéria!
      Beijinhos,
      Alê

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  3. Respostas
    1. Espero que as pessoas ao seu redor dêm o apoio necessário!
      Beijinhos,
      Leleka

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  4. olá mina amiga tem esteve em casa passou 20 dias comigo é terrivel saimos ela diss-me estamos sendo seguidas,ai eu disse me mostra a pessoas ela ficou perdida .onde ela mora ela diz que tem pessoas seguindo ela.e os sintomas pede a pressão varias vezes ao dia.fuma demais não quer comer anoite levanta e começa a comer,não tem horario para nada.

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    Respostas
    1. Olá,
      Não é fácil a convivência mas temos que ter paciência!
      Nestas horas é preciso aprender e saber lidar de uma forma única.
      Obrigada pelo comentário e bom final de semana.

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  5. Parabéns pelo artigo, gostei muito.

    Tenho um site que tem explicações diferenciadas também sobre Síndrome do Pânico.

    http://www.disturbioblog.com.br

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    1. Olá Lucas,
      Obrigada!
      Já visitei seu site, a única coisa que, para mim, ficou dificil de ler foram as letras de cor verde no fundo preto, mas o conteúdo é excelente e os depoimentos então ... muito bom!
      Até mais,
      Leleka

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  6. Parabéns pelo post, hiper bem explicado! Sofro desse "mal", e estou em tratamento há alguns anos. Mas, infelizmente até o momento não conseguimos a medicação adequada. Continuo passando por maus momentos diante de algumas crises. Enfim, só quem passa e tem a Síndrome do Pânico sabe realmente o quanto é ruim, e o "pior"... As pessoas ao redor não compreendem e nos julgam mal. Além da Síndrome do Pânico, tenho transtorno bipolar... Imagine o quão difícil é!
    Enfim, queria apenas parabenizá-la pelo post.
    Deixo-lhe um big beijo em seu coração.

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    Respostas
    1. Boa Tarde Monique,
      Agradeço mais uma vez pelo elogio ...
      É, não deve ser fácil para você mesmo, mas o que precisa é ter pessoas ao seu redor que te queiram bem e estejam dispostas a te ajudar e não te afundar mais, fique atenta!
      Muita paz em seu coração e que consiga "se achar" para então ser plenamente feliz...
      Beijinhos e boa semana,
      Leleka

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    2. Muito obrigada pelas palavras de carinho e incentivo Leleka.
      Beijinhos mil em seu coração.
      Monique.

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    3. Olá Monique,
      Em homenagem a você e a grandes amigas que sofrem deste mal, resolvi dar continuidade a esta matéria com uma entrevista que assisti estes dias na TV com a cantora Déborah Blando, dá uma olhada, vale a pena assistir, na matéria tem o link para a entrevista.
      http://frotaguedes.blogspot.com.br/2012/04/sindrome-do-panico-parte-ii.html
      Beijos recebidos e retribuídos S2,
      Leleka

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  7. Estou passando por isso e está sendo muito sofrido, as pessoas não compreendem. Enquanto a gente tá sofrendo horrores.

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