Mitos - "Mercado Negro" de órgãos e a Morte Encefálica
Talvez você já tenha recebido um e-mail com uma
história de homem que estava num bar e encontra uma bela garota que o convida para
ir até seu apartamento e, após uma bela noite de "drinks" e outros
prazeres, acorda em uma banheira cheia de gelo e descobre em suas costas duas
incisões cirúrgicas indicativas de que os seus rins foram removidos por uma
"predadora de órgãos" a serviço de um "mercado negro" que
alimenta uma rede clandestina de transplantadores.
Este e-mail é mais um dos inúmeros mitos que
recebemos pela Internet, porém este costuma assustar e "fazer a
cabeça" de alguns leigos, apesar de estar cheio de imprecisões:
1º Uma incisão para remover os rins de um doador vivo ou não nunca é feita nas costas;
2º O gelo na banheira entra nesta história da mesma
forma como Pilatos entrou no Pai Nosso;
3º Por conta da complexidade de procedimentos
médicos e burocráticos na remoção de um órgão de um doador e implante em um
receptor existe a necessidade de uma equipe numerosa de profissionais com
modernas facilidades operacionais e faz com que uma pirataria como a
subentendida seja impossível, mesmo porque precisa haver a compatibilidade
entre doador e receptor.
Crédito da Imagem: http://www.adote.org.br
Outro mito que assusta muita gente diz respeito a
possibilidade de alguém "voltar" de uma situação de morte encefálica (vide mais informações clicando aqui).
A morte ocorre quando o encéfalo (cérebro e tronco cerebral) morre o que pode
ocorrer por duas vias: o coração e os pulmões param de funcionar ou o encéfalo
para de funcionar. Este para de funcionar em decorrência de um trauma grave.
Nestas circunstâncias o coração e o pulmão podem ser mantidos funcionando com
suportes somente disponíveis nas UTI’s.
Morte encefálica é um critério médico, ético e
jurídico aceito. Esses critérios podem mudar com o tempo. Considere que há
poucas décadas passadas ninguém voltava de uma parada cardíaca. Hoje, as
técnicas de reanimação são aplicadas rotineiramente e com sucesso, até mesmo
por não médicos.
Vale ressaltar que:
1.) A princípio não existe restrição de idade cronológica para o
aproveitamento de órgãos para transplante. O que importa é o estado fisiológico
do mesmo.
2.) Todas as religiões são favoráveis a doação de
órgãos como um ato de amor ao próximo e de caridade. A decisão de ser ou não
doador é pessoal.
3.) A doação não favorece aqueles que têm
mais dinheiro. Talvez você consiga vender um dos seus rins, mesmo que essa
prática seja absolutamente proibida no Brasil. Contudo, o comércio de órgãos de
doador não vivo é inviável na prática por uma série de razões, incluindo
compatibilidade biológica, tempo de preservação dos órgãos, número de
profissionais envolvidos em um transplante etc. Não existe nenhum caso
confirmado de comercialização de órgãos de doador não vivo. O comércio de
órgãos de doador vivo é legal em alguns países e tolerado em outros. Não no
Brasil.
Enquanto a indicação para um transplante e o sucesso do procedimento tem aumentado, o número de doadores cresce muito lentamente. Como resultado, muitas pessoas morrem na lista de espera antes de conseguir um doador.
Uma das formas de mudar esse quadro é ajudar cada brasileiro a adotar uma decisão informada e consciente a respeito da doação de órgãos e transplantes aprendendo mais sobre o tema, pensando nisto, vou montar uma matéria para explanar melhor este assunto sobre doação e transplante de órgãos.
Peço que, enquanto isto, pensem no assunto e
conversem com seus familiares sobre esta possibilidade.
Fiquem em Paz,
Alessandra
Fonte de Pesquisa
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